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Metotrexato e seus efeitos colaterais

Resolvi procurar sobre esse assunto porque a queda de cabelo, enjoos e tonturas têm aumentado. A médica resolveu suspender o uso dele, assim que eu conseguir ter acesso a outro medicamento de alto custo que só é vendido via internet e distribuído nas farmácias do governo. Esse é o outro tema que irei abordar assim que tiver progresso na situação. Voltando ao assunto.
Encontrei um artigo muito interessante que fala sobre a ação no organismo do metotrexato e dos efeitos colaterais do seu uso em determinados períodos de tempo. Quem se interessar em ler todo - http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962010000100002&tlng=pt. 
Trechos importantes do artigo e os significados de alguns termos para facilitar o entendimento:

Os principais efeitos adversos relacionados ao metotrexato são:

A curto prazo: As alterações incluem: leucopenia (baixa de leucócitos circulantes), trombocitopenia (baixa de plaquetas no sangue), anemia megaloblástica (glóbulos vermelhos disfuncionais) ou normocítica (diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos) e pancitopenia (diminuição das hemácias, leucócitos e plaquetas). Observação: Os sinais de alerta para possível pancitopenia são: VCM elevado e mucosite, para o que se deve reduzir a dose ou suspender o metotrexato, otimizar a dose do ácido fólico e encaminhar o paciente ao hematologista, se houver pancitopenia.


Com base no mecanismo de ação e toxicidade do metotrexato por meio de depleção de folato, estudos têm sido realizados com suplementação diária de folato ou de ácido fólico e administração de ácido folínico após o metotrexato, todos evidenciando diminuição dos efeitos colaterais, sem perda de eficácia.  O seu uso parece reduzir não somente a mielotoxicidade, mas também a mucosite, a hepatotoxicidade e as náuseas.
EM MIM, O ÁCIDO FÓLICO NÃO RESOLVEU.

Outros efeitos a curto prazo são os mucocutâneos, que envolvem mucosite, úlceras orais e/ou gastrointestinais (depósito nas células pépticas, com hemorragia), rash, fotossensibilidade, ardor e ulceração nas lesões de psoríase, acne, alopecia (A BENDITA QUEDA DE CABELO), nodulose reumatoide, os do sistema digestório, como anorexia, diarreia, náusea (próximo à administração) e a pneumonite intersticial, especialmente, nos pacientes com hipoalbuminemia.

A longo prazo: alterações hepáticas. O risco aumenta na presença de ingestão excessiva de álcool, uso concomitante de retinoide, diabetes mellitus ou obesidade. Podem ocorrer: elevação das transaminases, esteatose e cirrose (raro em crianças). O risco parece ser maior na psoríase do que na artrite reumatoide, pois a primeira tem grande associação com síndrome plurimetabólica. A dosagem das transaminases deve ser monitorada; se o valor for menor do que duas vezes o limite normal, deverá ser repetida em duas a quatro semanas. Se estiver duas a três vezes o limite normal, repetir em duas a quatro semanas e reduzir a dose, se necessário. Se for maior do que duas vezes e persistir ou maior do que três vezes, suspender a droga e fazer avaliação com gastroenterologista.

Comentários

  1. Oi Thaysa, pelos sintomas que você descreve realmente parece q vc tem DMTC com um diagnóstico de artrite mais severo, assim como eu.
    Eu demorei muito para descobrir o que eu tinha, há 20 anos atras não era tão comum como hoje as tais doenças auto-imunes, ou talvez eu simplesmente nunca tenha prestado atenção às pessoas ao meu redor e aos problemas delas, passei por vário médicos que sempre me diziam estar com tendinite. Hj faço tratamento com uma médica ótima, que me fez enxergar que é vida normal, na época que descobri estava na fase pré vestibular e pensava, se vou ser incapaz de fazer as coisa tão rápido pq vou perder tanto tempo.
    Heis que estou hj com 36 anos, formada, trabalhando.
    Ao logo destes 20 anos de oscilações com a doença aprendi a ser mais leve, a não levar tudo a ferro e fogo, por que percebi que o desânimo e o stress, principalmente, me deixa muito pior.

    Força pra vc e melhoras!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Keila, adorei oq vc escreveu. Estou fazendo outro curso e estou um pouco desanimada. Gostei muito de saber que é formada e trabalha. Obrigada

      Excluir
  2. Oi Thaysa, pelos sintomas que você descreve realmente parece q vc tem DMTC com um diagnóstico de artrite mais severo, assim como eu.
    Eu demorei muito para descobrir o que eu tinha, há 20 anos atras não era tão comum como hoje as tais doenças auto-imunes, ou talvez eu simplesmente nunca tenha prestado atenção às pessoas ao meu redor e aos problemas delas, passei por vário médicos que sempre me diziam estar com tendinite. Hj faço tratamento com uma médica ótima, que me fez enxergar que é vida normal, na época que descobri estava na fase pré vestibular e pensava, se vou ser incapaz de fazer as coisa tão rápido pq vou perder tanto tempo.
    Heis que estou hj com 36 anos, formada, trabalhando.
    Ao logo destes 20 anos de oscilações com a doença aprendi a ser mais leve, a não levar tudo a ferro e fogo, por que percebi que o desânimo e o stress, principalmente, me deixa muito pior.

    Força pra vc e melhoras!!!

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