No dia 5 de abril de 2015 foi quando recebi alta. Tempos difíceis que foram superados. Lembro de poucas coisas desse momento. Lembro do desespero de não conseguir respirar, falar, de levantar sozinha para ir ao banheiro, de muitos furos pelo corpo por não acharem minhas veias, vômitos, desmaios, quedas assustadoras dos meus cabelos, do olhar de sofrimento e desespero da minha mãe, da sensação que estava morrendo ... Também lembro de coisas positivas: carinho dos meus familiares, amigos, enfermeiras. Carregava um sorriso sempre que podia e que muitas vezes era escondido pela máscara, pois estava em isolamento.
No inicio da DMTC, eu queria morrer. Depois das complicações e aplasia medular resolvi insistir na vida. Minha família é algo precioso. Luto por eles. Na época da aplasia lutava também por um amor. Hoje ainda dói, era uma ilusão. Existem males quem vem para o bem. Na época, ele me deu forças. Agora não faz parte da minha vida. Sobreviver é a palavra! A doença, a ilusão, a todas as dificuldades que a vida impõe.
Ontem a noite chorei bastante lembrando o passado e fazendo perguntas sem respostas. Hoje eu percebi que sempre temos novas chances. Chance de buscar o melhor para nossa saúde, de um novo amor, novas amizades, nova oportunidade profissional. Temos várias habilidades que desconhecemos e de repente despertamos.
Deus escreve sempre certo!
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