Pense numa coisinha chata é a infecção por Cândida. Quem toma imunossupressores está mais susceptíveis a infecções que vai da gripe a essa esse mal que resolvi colocar como tema hoje. Vamos ao artigo.
Fisiopatologicamente falando:
"A microbiota vaginal normal é rica em lactobacillus produtores
de peróxido (bacilos de Döderlein), os quais formam
ácido lático a partir do glicogênio, cuja produção e secreção é
estimulada pelos estrogênios. Esse mecanismo propicia uma
acidez adequada (pH 4,5) do ambiente vaginal, dificultando a
proliferação da maioria dos patógenos. A Candida é exceção,
pois prolifera em ambiente ácido.
Além do equilíbrio microbiológico da microbiota vaginal,
outros fatores contribuem para a defesa vaginal: integridade
da mucosa, presença das imunoglobulinas A e G e dos polimorfonucleados
e monócitos.
Entretanto, existem situações que predispõem ao aparecimento
da candidíase (Sobel, 1990; Swedberg et al, 1991;
Spinillo et al, 1992; Reed et al, 1993). A gravidez, o uso de
anticoncepcionais orais com altas doses de estrogênio e o diabetes
propiciam aumento na concentração de glicogênio vaginal,
com conseqüente acidificação do meio e proliferação da
levedura. Da mesma forma, o uso de dispositivos intra-uterinos
(Spinillo et al, 1992), doenças da tireóide, obesidade, corticoterapia
e drogas imunossupressoras, parecem aumentar o
risco de infecção causada por Candida.
O uso de antibióticos, também, pode atuar como fator de
risco para o desenvolvimento de candidíase em algumas
mulheres. Contudo, o mecanismo exato para esta associação
ainda não esta bem estabelecido. Parece que seu uso determina
redução da população bacteriana vaginal normal, particularmente
dos bacilos de Döderlein, diminuindo a competição
por nutrientes, facilitando a proliferação da Candida (Sobel,
1990).
Por outro lado, o uso de duchas vaginais parece não ter
relação com o aparecimento de candidíase exceto em mulheres
que apresentam prediposição à forma complicada (recorrente
ou de repetição). Da mesma forma, as roupas justas e o
uso de absorventes, também, não contribuem como fator de
risco para a candidíase (Sobel, 1998 e 1999)."
Resumindo, a baixa imunidade faz com que haja maior crescimento fúngico e nosso organismo não consegue combater com eficácia por estar com número menor de soldados (anticorpos e bactérias benéficas que fazem parte da nossa microbiota).
Referência:http://www.anthygenus.com.br/artigos/candidapt/Abordagem%20atual%20da%20candidiase%20vulvovaginal.pdf
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